terça-feira, 19 de maio de 2015

MUDANÇAS CLIMÁTICAS: DO PROTOCOLO DE KYOTO AO TRATADO DE PARIS

Resultado de imagem para mudanças climáticasO Protocolo de Kyoto, acordo internacional, ratificado em 15 de março de 1998, no Japão, visava reduzir as emissões dos gases poluentes responsáveis pelo efeito estufa e o aquecimento global.

O acordo entrou em vigor em 2005 e continha um cronograma em que os países signatários deveriam reduzir em 5,2% a emissão de dióxido de carbono, gás metano, óxido nitroso, hidrocarbonetos fluorados, hidrocarbonetos perfluorados e hexafluoreto de enxofre, entre os anos de 2008 e 2012.

Os Estados Unidos, inicialmente não aderiram ao Protocolo de Kyoto. Os países em desenvolvimento, como Brasil e China, não foram obrigados a reduzir suas emissões, sob o pretexto de que, se o fizessem, haveria diminuição de seu crescimento. 

Resultado: as emissões de gases, ao invés de diminuírem, cresceram quase 50%, em relação ao índices de 1990.
          
    
Em razão desse alarmante dado, no final de 2015, os 195 Estados-membros da Convenção das nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) vão negociar em Paris um novo acordo global sobre as mudanças climáticas, que deve substituir o de Kyoto.

        A União Européia deu a largada rumo ao acordo do clima de Paris, ao tornar-se o primeiro bloco a colocar na mesa sua proposta de redução de gases de efeito estufa para o novo tratado global, a ser implementado a partir de 2020 e propõe reduzir as emissões dos 27 países do bloco, em pelo menos 40% até 2030, em relação aos níveis de 1990 e até 80% de suas emissões até 2050.

A esperança é que os Estados Unidos e a China, que juntos produzem quase 50% dos gases causadores do efeito estufa, agora também participem do acordo, reduzindo suas emissões.

Essa esperança pode se concretizar, visto que nos Estados Unidos a tecnologia já permite o aumento da produtividade e, por consequência, a redução das emissões e a China sofre com os graves problemas causados pela poluição do ar, que sufoca suas cidades.

Mesmo os países em desenvolvimento, como o Brasil, que sempre adiaram os compromissos com a redução dos gases nocivos, em razão de sua necessidade de produção, serão pressionados a participarem do esforço global na preservação do planeta, como signatários efetivos do novo tratado internacional.

O esforço na preservação da Terra deve ser partilhado por todos os países, pois como disse o Presidente da França, François Hollande, em visita aos Estados Unidos: “O objetivo da conferência não é apenas encher os hotéis de Paris, mas o de atingir um acordo global, porque estamos em perigo”.

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Grande braço,

JOSÉ ROBERTO SANCHES  

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